Eventos
Comemoração de 20 anos do Curso de Terapia de Casal- Diversidade Teórica e Prática na abordagem da conjugalidade. A ideia desse Evento com Dr. Dalmiro Bustos, nasceu no momento em que, após quatro meses de interrupção do curso, em plena pandemia, buscamos uma forma de criar um momento de conexão que pudesse compensar o grande isolamento vivido naquele momento. Isso foi possível com a troca emocionante, cheia de afeto e muita ternura com o Trabalho realizado pelo amigo e mestre Dalmiro Bustos. O tema escolhido: O Psicodrama com casais na pandemia, trouxe reflexões importantes para nossa vida pessoal e profissional. Muitos queriam rever e se atualizar com a prática psicodramática na pandemia e outros queriam conhecer o trabalho de Dalmiro Bustos. Estavam presentes quase 150 pessoas, nossos alunos, muitos ex-alunos, amigos e admiradores do grande mestre, psicodramatista argentino, que tantas pessoas n aqui no Brasil, durante mais de 40 anos . Foi um trabalho rico que muito engrandeceu nosso curso e ajudou na conexão tao necessária naquele momento, com nossos colegas.
Clique aqui para assistir a aula do Dr. Bustos no dia 03/10/2020.
Nem é preciso falar das múltiplas alegrias que esse momento nos trouxe: ter completado 18 anos do nosso curso de terapia de casal e poder comemorar com tantos colegas que vieram nos prestigiar neste evento, com grande entusiasmo e movidos pelos sentimentos de amizade que desenvolvemos com todos os grupos que formamos.
Expressamos nossa gratidão a todos porque a presença de tantos colegas no evento demonstrou a confiança em nosso trabalho. Afinal, esse não é um curso de caráter institucional, não está inserido em nenhuma entidade oficial. Na verdade é um curso organizado com a “nossa cara”, construído e idealizado por nós, onde compartilhamos com os participantes tudo que sabemos e fazemos.
Começamos no ano 2.000 e, de forma muito despretensiosa o curso foi tomando corpo ao longo dos anos.
Por ser a “nossa cara”, tentamos fazer dos encontros mensais um momento que reúne estudo, visões teóricas diferentes e muita prática, com vivências e emoções, regadas também com humor, pois acreditamos que aprendizagem num clima afetivo, cooperativo, de harmonia e leveza, com profundidade, é mais efetiva.
Somos gratas aos alunos atuais e ex-alunos (quase 200), que ajudaram a construir esses encontros ao longo destes dezoito anos, culminando com o dia do evento, quando comemoramos com todos a realização de um projeto que tem nos gratificado tanto pessoalmente como profissionalmente.
Nesse evento tivemos a presença de mais de 110 pessoas, sendo 13 do grupo atual e 70 ex-alunos. Essa é também uma grande alegria: reencontrar colegas que estão juntos conosco há muitos anos e outros amigos que vieram para o encontro. Fez sentido especial ter realizado nosso evento comemorativo no CEAF – Centro de Estudos e Assistência a Família, que nos recebeu com muito carinho.
Programa do evento:
Iniciamos os trabalhos com uma vivência sobre o papel de terapeuta de casal, coordenada por Regina e Vanda.
Em seguida assistimos às apresentações de 3 colegas, todos ex-alunas do curso: Lucia Vinagre sobre Contrato Conjugal; Letícia Trivelli sobre Tipos Psicologicos na Terapia de Casal; e Marisa Michelotti sobre Infidelidade.
Na parte da tarde outros colegas apresentaram novos trabalhos, também ex-alunas do nosso curso: Olga Fontana sobre Terapia de Casal na Abordagem Corporal, Adriana Garcia sobre Casais Homoafetivos e Gianne Nucci abordando a Terapia Sexual.
Muita gratidão a todos que fizeram parte da nossa história!
O clímax do dia ocorreu ao final da tarde, com a vivência “PERIGO: AMOR À VISTA!” dirigida pelo psicodramatista argentino Dalmiro Bustos, que há mais de 40 anos vem mensalmente ao Brasil, onde realiza grupos de terapia, formação e supervisão em Psicodrama. Temos o privilégio de ter contado desde o início do nosso projeto com o apoio do Dr. Bustos, que também acreditou em nosso sonho e nos acolheu em seu Instituto J. L. Moreno, oferecendo uma referencia institucional. Muita gratidão a todos que fizeram parte da nossa história!
Psicologia e Arte se encontrando: Discussão com Arnaldo Jabor no teatro Ruth Escobar sobre a peça “Eu sei que vou te amar”, em 1995.
As fotos acima do texto mostram alguns desses momentos do evento: conversando com Arnaldo Jabor sobre dinâmica conjugal e conflitos na separação. Psicologia e arte se encontrando.
Uma experiência diferente, enriquecedora e desafiante
Com a morte de Arnaldo Jabor no mês de abril de 2022 Regina e Vanda relembraram de uma experiência inédita que tiveram com o cineasta em 1995. O filme “Eu sei que vou te amar”, com Fernanda Torres e Tales Pan Chacon, ganhou a Palma de Ouro no festival de Cannes em 1985. Anos depois foi readaptado e dirigido como peça de teatro por Ulisses Cruzes, com os atores Alexandre Borges e Júlia Lemertz, encenada no teatro Ruth Escobar.
Na ocasião Regina e Vanda estavam ministrando um curso de Terapia de Casal na Sociedade de Psicologia Analítica (SBPA) e como uma das aulas era a análise do conteúdo do filme, pensaram que um debate com o autor da peça seria um acréscimo valioso para os alunos.
Vanda já vinha trabalhando com o conteúdo desse filme desde que o mesmo foi lançado, buscando fazer uma leitura dessa obra dentro da perspectiva junguiana, como psicoterapeuta de casal, tendo escrito um breve artigo para a revista de psicologia “Viver”. Depois se aprofundou mais nessa pesquisa sobre os arquétipos que dominam a relação conjugal, a sombra e a persona defensiva na conjugalidade e o desafio da individuação dos parceiros no vínculo amoroso no seu livro “Amor conjugal e Terapia de casal –uma abordagem simbólica arquetípica, publicado pela editora Summus, em 1996.
Regina e Vanda iniciaram um curso de Terapia de casal na Sociedade de Psicologia Analítica(SBPA) no mesmo mês em que a peça começou a ser encenada. Entenderam que não poderiam deixar de aproveitar aquela grande oportunidade de discutir, diretamente, com o autor daquela obra, o que parecia possível e acessível.
Foram conversar com a produtora da peça, Angela Villas Boas, para propor essa conversa com Arnaldo Jabor, numa data após o encerramento da apresentação.
A ideia foi recebida muito bem, desde que Vanda e Regina comprassem toda a bilheteria do teatro, para garantir a plateia completa.
Assim foi feito. Vanda e Regina aceitaram essa empreitada e com ajuda de vários amigos que se dispuseram na divulgação e na venda dos ingressos, foi necessário cadeira extra para acomodar todos os interessados no evento.
A plateia foi composta de psicólogos, psiquiatras, na sua grande maioria, mas também amigos com formações diferentes. Foi uma plateia participativa, que muito contribuiu para a discussão e o sucesso do evento, relembra Vanda e Regina.
No início, imperou o estilo Jabor, sempre disposto a desconstruir o que poderia ser tomado com algo pronto e cristalizado, o que foi meio desconcertante para elas, que já tinham ideias bem formadas a respeito da dinâmica daquele casal.
Quando entenderam essa forma de Arnaldo Jabor tratar qualquer discussão que participava, relaxaram, e a interação entre eles e a plateia foi o grande auge da noite. Inesquecível para Vanda e Regina que tiveram dois grandes privilégios: conhecer pessoalmente Arnaldo Jabor e ainda numa condição profissional, desenvolvendo um trabalho em parceira com ele.